Firmino Miguel um sintrense na Revolução de Abril

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No mês em que passam quarenta e dois anos do 25 de Abril, tempo de evocar um militar nascido em Sintra e diretamente envolvido nos acontecimentos que levaram ao derrube do regime do Estado Novo. Falamos do general Mário Firmino Miguel, ainda hoje anualmente recordado por um grupo de conterrâneos que em sua memória se reúnem num jantar.

Desde muito novo, e abraçada uma carreira militar, que o jovem oficial Mário foi orgulho para seus pais e amigos, descrevendo frequentemente o Jornal de Sintra as suas idas e vindas do ex-Ultramar quando  voltava a casa, nos idos de sessenta. O 25 de Abril catapultou-o para a ribalta da política. Próximo do Presidente Spínola, foi nele que o general pensou no verão de 1974 para substituir Adelino da Palma Carlos como primeiro ministro, em 1974, sendo ultrapassado pela Comissão Coordenadora do MFA, que na altura apostou em Vasco Gonçalves. Afeto a Spínola e aos militares moderados, colocou-se do lado dos que acabaram vencedores em 25 de Novembro, e no período constitucional, integrou como ministro da Defesa os três primeiros governos, de Mário Soares e Nobre da Costa.

Moderado, inteligente, e amigo dos seus amigos, foi com consternação que em 1991 se recebeu a notícia do seu falecimento, aos 59 anos, num triste acidente de automóvel na então famigerada “curva do Mónaco”, no Estoril, quando muito haveria ainda a esperar dele.

A Câmara de Sintra homenageou-com com um busto perto da Correnteza, a cuja inauguração presidiu o então Presidente da Républica, Dr. Jorge Sampaio.