Sintra interrompe rega pública até ao final de 2017

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A Câmara Municipal e as juntas de freguesia do município vão manter todos os sistemas de rega pública desligados até ao final deste ano. A decisão do município incluiu também desligar todas as fontes ornamentais, que não utilizem sistemas de circulação de água.

“O município de Sintra não está a ser diretamente afetado pelos efeitos prolongados da seca, mas considera que é sua responsabilidade aplicar medidas de combate à situação de seca extrema que se vive no território nacional", justificou Basílio Horta, presidente da Câmara Municipal de Sintra.

O município de Sintra tem alcançado, nos últimos anos, grandes reduções no consumo de água. Desde 2014, quando aderiu ao projecto ClimAdaPT.Local, que aplica uma estratégia global que implementa mecanismos de adaptação local aos desafios climáticos globais no planeamento do território e na atuação da estrutura municipal, nomeadamente na redução do consumo de água.

No âmbito da ClimAdaPT.Local, a implementação de medidas, como a transferência da gestão das regas de parques e jardins para a gestão das juntas de freguesia e o aumento da sua eficiência, resultou na diminuição de consumos de água de 1 milhão e 417 mil m3 em 2015, para 1 milhão e 25 mil m3 em 2016, traduzindo-se num decréscimo de cerca de 400 mil m3 de consumo de água.

O município vai também reforçar o programa de origens alternativas de água, designado por “ECOÁGUA”, que estão a ser utilizadas, nomeadamente, em limpeza urbana ou lavagem de contentores. No âmbito deste programa existem 15 pontos Ecoágua no concelho, sendo 10 de água de captação e 5 de água de reutilização. O projeto “ECOÁGUA” traduziu-se em 2016 numa redução no consumo de água potável de 325 mil m3, o que equivale a menos 6% de água utilizada desde 2014.

Também o programa “Waternet”, pesquisa ativa de fugas não visíveis, evitou o desperdício em 2014 de 53 mil e 600 m3 de água, e em 2017, até outubro, evitou a perda de 201 mil m3 de água.