galvanizArte comprimento de Onda, de P. Scripton

12 dezembro/20 a 24 janeiro/21 I Galeria Municipal I Piso 0

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Sinopse

As obras expostas de P. Scripton fazem parte da coleção de estudos, esculturas e instalações designada “galvanizArte comprimento de Onda”, que resultou da primeira incursão do autor no universo da escultura, num regime de residência nas instalações de uma suinicultura desativada. 

As chapas de cobertura ondulada de aço galvanizado e alumínio, corroídas pelos gases dos dejetos dos suínos e erodidas pelos rigores do clima, constituíram o ponto de partida para uma aprofundada experimentação plástica. 

A sucessão binária de um canal côncavo fundido numa crista convexa que, replicada, se expressa numa ondulação aparentemente monótona, revelou afinal, ao ser libertada do retângulo que a confina, e na sequência de estudos de projeto, experiências de corte, modulação e justaposição da matéria, que os movimentos intrínsecos às ondas e às suas variações de comprimento e curvatura, emanam fluxos de energia aparentemente cinética – razão pela qual a pesquisa aprofundou e revelou múltiplas expressões de movimento, desde sequências de base matemática e de geometria tendencialmente fractal, a modulações de contração e expansão do próprio binário ondular. 

“galvanizArte comprimento de Onda” não só presta homenagem ao Malogrado Artista e Humanista de referência Pedro Aguilar, que durante mais de uma década integrou empenhada e criativamente os projetos da equipa do Sintra Museu de Arte Moderna Coleção Berardo – Instituição que originalmente se sediou no Antigo Casino de Sintra que atualmente acolhe o Museu das Artes de Sintra, mas também se assume como expressão de alarme e protesto perante a Insustentabilidade de ainda haver Humanos sujeitos a sobreviver, coartados da liberdade dos Sonhos e da Criatividade, em bairros de chapa ondulada.
Dados Biográficos


P. Scripton descobriu-se profundamente

sCenographU

 

depois de ter nascido por entre as nuances de luz e volumetrias entrecortadas da

inspiradora Cidade de Lisboa no ano espiral de 1966 ‘

depois de ter crescido envolto em espaços harmonizados e estímulos de Artes várias‘

 depois de ter que improvisar um recanto para existir por entre a Constelação

Familiar’

 depois de saborear o navegar na convencionada espacialidade da Geometria

Descritiva ‘

depois de se tornar desenhador projetista e estudante de arquitetura ‘

depois de cursar o multidisciplinar triénio de formação de atores e

animadores culturais na Comuna Teatro de Pesquisa ‘

depois de migrar para o Alto Alentejo raiano e se apaixonar pelas Pessoas e

pelas sendas re-interpretativas da fenomenologia etnográfica, que o levaram a

emancipar-se através da co-criação de projetos de dinamização sociocultural e

educação pela Arte ‘

depois de criar e desenvolver os conceitos “ethnósamb – processos em torno da

Raça” e “Património em Teatro” ‘

depois de colaborar em projetos de teatro escolar e profissional em Portalegre

concebendo e executando cenografias, espaços cénicos e espaços expositivos ‘

depois de colaborar em projetos de animação artística concebendo e

executando gincanas e adereços ‘

depois de impulsionar dinâmicas artísticas envolvendo jovens institucionalizados nos Internatos de Portalegre e adultos apoiados pelas Cáritas de Setúbal e CAIS de

Lisboa ‘

depois de conceber e edificar escultura e constatar quão cenográfica, expansiva

e carente da adição de luz e interacção corpórea Ela brota.