LANÇAR A LUZ
ELISA OCHOA

20 de outubro a 10 de dezembro de 2023 I MU.SA – Sala Polivalente – piso 0
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Lançar a Luz é um exercício visual e imaginativo sobre a floresta da Serra de Sintra, em que a artista explora os conceitos de visível e invisível dentro das imensas camadas vegetais que existem neste espaço natural.
A intenção de pintar as horas crepusculares da floresta, pegando em diversos caminhos e percursos da serra, como por exemplo, os trilhos das pontes, o bosque do silêncio, os Penedos de Sintra, o vale dos fetos, entre outros, vai ao encontro desta noção quase onírica de um espaço encantando, intocado e puro.
De que forma nos relacionamos com os espaços naturais e o que vemos para além do nosso olhar?
Os Conjuntos de baixos relevos em acrílico colorido, as pinturas em aguarela e tinta acrílica, as fotografias, bem como o desenho, usando a técnica serigráfica, jogam um papel fundamental nas diversas formas de como a artista observa este caminho “árduo” de lançar luz, de refletir, de conhecer e de encontrar uma harmonia vigente entre o homem e a natureza.
Algumas obras foram produzidas com base em observação e documentação da flora da Serra de Sintra, tendo em atenção, não só o património natural existente, mas também as paisagens captadas pela artista, no fim do dia, onde combina lugares reais com composição intuitiva de ambientes fantásticos, muito próprios do seu processo criativo.
É um exercício de observar os elementos que constroem os vastos territórios de vegetação, mas também a capacidade artística e estética de abrir novos imaginários da natureza que nos pertence.
Os acrílicos e as pinturas (de maior formato) serão campos exploratórios das paisagens tanto observadas quanto imaginadas, encontrando caminhos em que a perceção e a imaginação se cruzam (processo muito intricado na atividade do artista).
Os desenhos remetem-nos para o registo gráfico e para o conhecimento de algumas espécies da serra de Sintra; as fotografias invadem o olhar de luz crepuscular intensa, com os seus meios tons quentes e densos, no centro vegetal; as pinturas guiam-nos para os processos inventivos da arte, “mais interessada no processo de fazer pintura”, diz a artista.
Este cruzamento diverso de suportes, materiais e técnicas satisfazem um desejo maior no trabalho de Elisa Ochoa: o de ir ao encontro de uma presença valorativa da preservação dos espaços naturais como um todo, e de instaurar um gosto constante pelo património, quer seja este natural, quer seja cultural. Ei-los aqui, novos mundos de ver e sentir a floresta.
Sobre a autora

 

Artista plástica, curadora e investigadora na área do património e educação artística. 
Desenvolveu vários projetos de educação artística, com destaque especial para as oficinas de arte e filosofia desenvolvidas em escolas de Paris, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, em 2011, e visitas e oficinas de educação artística e do património para crianças e famílias, “Ojo dibujante”, que concebeu e realizou em Barcelona, durante 2016 e 2017.
Foi professora de artes performativas em escolas públicas em Nova Iorque, durante 5 anos; foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Luso-americana, em 2002/3, para a realização de uma especialização em artes performativas no estrangeiro.
Adquiriu o grau de mestre em Museologia e Museografia, na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, em 2012.
Licenciou-se em Filosofia, na UCP, de Lisboa, em1996.
Pós-graduação em Estética e Filosofia da Arte, na FL.UL, em 2000.
Nos últimos 10 anos, tem-se dedicado à ilustração, pintura, desenho, fotografia e instalação, bem como ao trabalho de curadoria e consultoria de artistas que representa.
Temas de trabalho – Natureza, floresta, mar, objetos culturais, etnografia objetual e arqueologia dos materiais.
Tem realizado diversas exposições individuais e coletivas em Lisboa, Nova Iorque, Barcelona, Palma de Maiorca, Setúbal; Amadora, Odivelas, Matosinhos, Leça da Palmeira, Póvoa de Varzim e Oliveira de Azeméis, desde 2008.
Foi investigadora do Museu Calouste Gulbenkian, nos anos de 2012-2013, com a criação de um inventário e plataforma museológica digital, com base nas exposições temporárias do museu e da Fundação. 
Prática da curadoria e colaborações autorais com outros artistas: Destaca-se o Projeto de arte urbana da artista Clo Bourgard, encomendado pelo Taguspark. Comissária da escultura pública “Nelson Mandela”, inaugurada no Taguspark, em Abril de 2021.

 

Residências artísticas em 2022/23

Museu Quinta de Santiago, Leça da Palmeira

Museu da Memória de Matosinhos

Cine-teatro Garret, Póvoa de Varzim

               

Experiência profissional na área da curadoria & da programação cultural

2023 - Coordenação geral da publicação de fotografia “74-99 Rui Ochoa”

            Curadoria da exposição de fotografia “74-99 “, SNBA.

            Curadoria e direção artística da residência e da exposição BOANDA, Instituto Camões     Luanda, Luanda, 2021 & Instituto Camões Sede, Lisboa.

2021 - Curadoria da exposição de fotografia Acasos, Rui Ochoa, SNBA.

             Curadoria da exposição de Tim Madeira & António Alves Costa, CCC – Centro       

Cultural de Cascais, Cascais.

Co-Curadoria da exposição Silenced Science, Regina Frank, MUNHAC, Lisboa

2020 - Curadoria da exposição coletiva Um em todos, com o apoio e parceria da Casa do Marquês, Espaço Belém-Rio, CCB. Lisboa.

https://magg.sapo.pt/cultura/artigos/um-em-todos-nesta-nova-exposicao-cabem-trabalhos-feitos-durante-a-pandemia  

https://www.casadomarques.pt/exposicao-um-em-todos.htmI

2020 - Curadoria do projeto Arte nas Garagens, com a artista Clo Bourgard, MAU Taguspark, Oeiras

https://www.msn.com/pt-pt/video/sicnoticias/arte-urbana-transforma-garagem-do-taguspark-em-plena-quarentena/vi-BB15sLi4  

2020 - Curadoria da exposição Paisagens do agora do coletivo Á Linha, Núcleo Central do Taguspark, Oeiras

https://www.sabado.pt/vida/detalhe/obras-de-16-artistas-da-linha-de-cascais-em-exposicao-no-taguspark  

https://www.cmjornal.pt/cultura/detalhe/paisagens-do-agora-exposicao-com-curadoria-e-direcao-artistica-de-elisa-ochoa-chega-ao-taguspark

2019 - Curadoria da exposição de fotografia Papas peregrinos de Fátima, Rui Ochoa, Instituto Sto. António do Portugueses, Roma

https://www.cmjornal.pt/multimedia/videos/detalhe/olhar-do-fotografo-de-marcelo-rebelo-de-sousa-leva-papas-peregrinos-de-fatima-a-roma  

2016/17 Curadoria da exposição Arte Próxima/Art Proper, CCAM & CITA, Barcelona e Arraiolos

Imprensa

https://ionline.sapo.pt/artigo/764342/elisa-ochoa-para-mim-o-desenho-e-pensamento-e-o-pensamento-e-desenho?seccao=Mais_i

As ″profundezas″ do oceano numa exposição em Matosinhos - Ardina

https://www.noticiasmagazine.pt/2014/as-mil-faces-da-arte/historias/8069/